domingo, 23 de novembro de 2008

A verdadeira dança do ventre....

------------------

Aqui está a comparação do que a ocidentalização dos costumes fez com a essência da cultura árabe...A dança do ventre é a celebração da vida, do poder que a mulher tem de gerar a vida no seu ventre...O contato com o ocidente logo sexualizou o contexto da dança. Na cultura árabe pura em sua essência a mulher é uma Deusa.

Vejam os contrastes...

-------------------

Fadwa moroccan belly dance - Dança do Ventre Ocidentalizada

http://www.youtube.com/watch?v=wcPrr2yWm3s




----------------

Moroccan Womens' Music and Dance Troupe - A Verdadeira Dança do Ventre_1

"...A Moroccan Womens' Dance and Musical group performs for a party to celebrate the birth of a child. Belly dancing in it's original form is an ancient dance that helps build muscles necessary for childbirth. You are SUPPOSED to have a belly to perform it correctly..."

http://www.youtube.com/watch?v=HYazDOl1ook





----------------

Moroccan Womens' Music and Dance Troupe - A Verdadeira Dança do Ventre_2

http://www.youtube.com/watch?v=RhwgEyjGc5o



--------------------------

Moroccan Wedding mariage marocaine - Casamento Marroquino: a noiva é uma Deusa!

http://www.youtube.com/watch?v=RATtNZ5AWH8



-------------------------------------

A Mulher no mundo árabe.

--------------------
As dificuldades de conciliar a tradição com a modernidade e de impor imites a uma sociedade que corrompeu o significado social do lugar da mulher, que era considerado sagrado na antiga tradição.


--------------

Arab Women Achievers (With Moroccan Music) - http://www.youtube.com/watch?v=38ECorzBozI

1) Zahra Cherkaoui (Arab Moroccan mother). She represents all Arab mothers. 2) Salma Hayek 3) Shakira 4) Diane Rehm, host of the nationally-syndicated show, The Diane Rehm Show, the most popular show on American National Public Radio. She is of Lebanese and Egyptian descent. 5) Queen Noor (Jordan) 6) Rachida Dati: Minister of Justice of France. Father is Moroccan, mother is Algerian. 7) Princess Lalla Salma (Morocco) 8) Helen Thomas (Lebanese American Journalist) 9) Ghada Shouaa (Syrian heptathlete gold medal, 1996) 10) Queen Rania (Jordan) 11) Nawal El Moutawakel from Morocco (First Arab, Muslim, African to win the olympic medal--400m--1984. 12) Fairouz (Lebanese singer) She stopped singing when Muslims and Christians fought each other in Lebanon. 13) Sheikha Mozah (Qatar) 14) Hassiba Boulmerki. Middle distance runner. First Algerian to win an olympic medal. 15) Christa McAuliffe. Lebanese American teacher. 16) Oum Kathoum (Egyptian singer) Loved in the Arab World. 17) Donna Shalala: She served for eight years as Secretary of Health and Human Services under President Clinton. She is also the president of University of Miami. Music by Moroccan singer: Nabila Maan. Name of the song: Allah Ya Moulana (which is originally Nass El Ghiwane song).





---------------------------

Women in Morocco - http://www.youtube.com/watch?v=exYRSKxssc4

Women in Morocco are the topic of this program made available by the European Parliament at => http://www.eux.tv




--------------------------

A música árabe na brasileira.

-------------------------------------
As influências da música africana árabe na música brasileira e suas peculiaridades que não foram incorporadas aqui no Brasil.

------------------------------

Moroccan girls play drums and sing - http://www.youtube.com/watch?v=OMO4qtx866E



---------------

4 Moroccan women sing Sufi Songs - Praises of the Eternal ( Louvores ao Eterno ) - http://www.youtube.com/watch?v=4p7cQjcOUqk




---------------------

Moroccan music dulicmer guitar Morocco Oud - http://www.youtube.com/watch?v=gkZGi1RdAiw




-------------------------
Amazigh music from morocco 5 - http://www.youtube.com/watch?v=CfzJJadT8gw




--------------------

sábado, 22 de novembro de 2008

Raízes árabes: Marrocos, terra do meu bisavô

-------------

Só quando estive na Europa é que vi o quanto desta cultura eu tenho no sangue....O coração batia mais forte e mais gostoso perto das pessoas do Marrocos que conheci na Bélgica.

Identificação total com as mulheres e 'atração fatal' pelos homens...risos...tão lindos, mas não dá....

--------------


Aqui tem um pouquinho de candomblé e samba de roda, não tem não ?


- Link p/ => Moroccan music dancing party Morocco travel Berber






----------


- Link p/ => Assi Hillani Khil El Arab







---------------------


- Link p/ => Arabic Music (Khaleeji from United Arab Emirates)







----------------

Música Árabe, sucessos da MTV Arabia

-----------

25/02/08 - 08h00 - Atualizado em 25/02/08 - 13h52 - Lígia Nogueira Do G1, em São Paulo

Confira cinco artistas que estão fazendo sucesso na MTV Arabia

MC Zoog, de Beirute, tem 19 anos e rima como gente grande.
Malika, Desert Heat e Diana Karazon estão entre os talentos locais.

Novos talentos da música pop do Oriente Médio dividem espaço com ídolos internacionais como o rapper Akon e o cantor de R&B Karl Wolf. Confira a seguir alguns nomes que estão se tornando conhecidos pela tela da MTV Arabia.

------------

MCZOOG -
http://www.myspace.com/mczoog

O MC de Beirute, Líbano, tem 19 anos e diz em sua página no MySpace ser influenciado por Jay-Z, Wu-Tang Clan e Gangstarr, ícones do rap norte-americano. É um dos participantes de um concurso de escolha da audiência na MTV Arabia

-----------------------

MALIKA -
http://www.myspace.com/llixx

A página da cantora no MySpace tem o triplo de acessos de Zoog - muito provavelmente por causa de suas roupas provocantes. Em algumas fotos, ela aparece posando com armas. Apesar do visual "ocidentalizado", a sonoridade pode ser classificada como uma "espécie de MIA com letras em árabe".




------------------------

DESERT HEAT - Discovery Channel Documentary over Desert Heat

A dupla Desert Heat, formada por Salim "Illmiyah" Dahman e Abdallah "Arableak" Dahman abusa de turbantes no ótimo vídeo "Keep it desert", em que os dois aparecem rimando - em inglês - no deserto.





-------------

DIANA KARAZON - http://www.myspace.com/dianakarazon

A cantora pop da Jordânia foi uma das entrevistadas no lançamento da MTV Arabia, em novembro do ano passado. A sonoridade das composições, cantadas em seu idioma, é bem acessível e tem toques de música oriental.





-----------------------

KARL WOLF - http://www.myspace.com/karlwolftheartist

Ao lado do rapper Akon, é um dos queridinhos da cena internacional no Oriente Médio. Karl Wolf é um cantor e produtor canadense, mas conquistou a juventude árabe com uma mistura de R&B e hip hop. Usa instrumentos orientais em algumas músicas, como na faixa “Like this”.






-----------

Tudo passa...Renovação!

-------------

Essa música então... Dispensa comentários!

O Rap e o Hip-Hop foram difundidos no mundo inteiro, tem até nos Emirados Árabes...Sim, lá também tem reinvidicação de liberdade de expressão....

Se demorar p/ abrir aqui vai o link p/ vídeo =>

- Túlio Dek ft. Diego Ferrero(Nx zero) - Tudo Passa (clip / letra da música )



--------------

"Express Yourself"... Pureza de Expressão da Juventude Plena !

---------------

A música sempre permeou meus momentos durante toda a minha vida!


Adoro esse meninos !!


Me lembra o Charlie Brown Jr. em começo de carreira....Era uma pureza de liberdade de expressão, uma energia gostosa, que eu sinto muito falta neles...


Se demorar p/ abrir aqui vai o link p/ video =>


-
Strike - O Jogo Virou.


----------------

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Projetos de Cotas é aprovado !

----------

Quinta-feira, 20/11/2008

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que garante a estudantes que sempre estudaram em escolas públicas vagas em universidades do governo. Subcotas darão chances para negros, pardos e índios.


Se demorar p/ carregar, aqui vai o link p/ o vídeo =>

  • Projeto de Cotas é aprovado!




  • --------

    Dia da Consciência Negra: Comemorações no Brasil

    ----------

    Quinta-feira, 20/11/2008

    Nesta quinta-feira, foi feriado em mais de 300 cidades para comemorar o Dia da Consciência Negra. O presidente Lula participou de várias festividades no Rio de Janeiro e lembrou Barack Obama.


    Se demorar p/ carregar, aqui vai o link p/ o vídeo =>

  • Comemorações no Brasil pelo Dia da Consciência Negra





  • --------------

    O Mundo caminha para uma Era Pós-Racial ?

    --------------


    Quinta-feira, 20/11/2008

    A vitória de Barack Obama levanta a questão: os EUA entraram numa fase pós-racial? E no Brasil, a miscigenação é a vacina contra o racismo? Ou ainda há espaço para o preconceito racial?

    Se demorar p/ abrir aqui vai o link p/ vídeo =>

  • O Mundo caminha para uma Era Pós-Racial ?




  • ---------------

    Arnaldo Jabor: racismo é necessidade de jogar a culpa de frustrações em alguém

    -------------

    Quarta-feira, 12/11/2008

    Arnaldo Jabor afirma que o racismo está em toda parte, até hoje, indo além da cor da pele. Para ele, o racismo é a simplificação do incompreensível, que pode crescer nos EUA com erros de Obama.

    Se demorar p/ carregar, aqui vai o link p/ o vídeo =>

  • Arnaldo Jabor fala da racismo




  • -------------------

    "A cor púrpura" da emoção de Spielberg

    ------------------

    Steven Spielberg decidiu levar à tela o romance "A Cor Púrpura", de Alice Walker - ganhadora do Prêmio Pulitzer - porque desejava provar que não sabia fazer apenas filmes "para crianças" - leves e digestivos. Assim, com toda a competência, fez um dos mais belos filmes desta década, que começa numa pequena cidade da Georgia, em 1906, quando a jovem Celie, ela mesmo pouco mais que uma criança, dá a luz a duas crianças, geradas pelo homem que ela chama de Pa - o qual afasta dela os recém-nascidos, e não lhe dirá mais nada sobre os seus destinos. Sustentada por estreito laço a sua irmã caçula Nettie (Akosua Busia), Celie (Whoopi Goldberg anula sua própria identidade e é maltratada - primeiro por Pa (Leonard Jackson) e, depois pelo homem a quem chama de Mister (um viúvo com quatro crianças, a quem Pa a havia dado).

    Celie abre seu coração em cartas, primeiro para Deus, depois para sua irmã ausente, Nettie. Só em 1921, quando a cantora de blues Shug Avery (Margaret Avery), a filha do pastor adorada por Mister, entra na vida de Celie, que ela começa a revelar seu espírito brilhante e a desenvolver uma consciência do seu próprio valor e do mundo de possibilidades que se encontram abertas para ela. Seu desabrochar é pleno quando Shug lhe entrega dúzias de cartas, retiradas por Mister durante anos, escritas para ela por sua irmã Nettie, agora uma missionária na África. O aflorar da identidade de Celie torna possível o reencontro de todos os que ela ama.

    Canto da Vida - Partindo de uma história narrada apenas em cartas no romance de Alice Walker (editado no Brasil pela Marco Zero), Menno Meyjes e Spielberg desenvolveram um roteiro perfeito: "A Cor Púrpura" é daqueles filmes-emoções, que penetram no espectador como um arpão. Tendo tudo para se transformar num melodrama - afinal, a via-crucis de Celie é de sofrimento do início até mais da metade do filme - vai acontecendo uma elevação do astral dos personagens, com o
    público identificando-se à luta da personagem humilhada, espezinhada, sofrida que, pouco a pouco, (re)descobre seus direitos e a dignidade que o machismo lhe havia negado.

    Indicado em 11 categorias aos Oscars de 1986 - menos a de diretor - e sem ter obtido uma única premiação, "A Cor Púrpura" vai ficar na história da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood como mais uma clamorosa injustiça. No mesmo ano em que "Entre Dois Amores" (Out of África, de Sidney Pollack ) levava a maioria das premiações, "The Color Purple" era, categoria a categoria, esquecido. Uma injustiça gritante, considerando a humanidade, a beleza, os grandes sentimentos que este filme irradia - provando que os membros da AACCH, realmente, estão de marcação contra Spielberg - talvez pelo fato de se ter tornado, antes dos 40 anos, um dos mais ricos diretores-produtores de toda a história do cinema americano. Afinal, no ano passado, "O Império do Sol", outro filme maravilhoso que soube realizar, também foi esquecido na festa dos Oscars, apesar das várias indicações.

    Mas "A Cor Púrpura" não é apenas emoção. Reunindo um elenco basicamente de intérpretes negros Spielberg transformou Whoopi Goldberg, até então apenas atuando na Broadway, numa das atrizes mais comunicativas deste final de década (embora ela esteja aparecendo em filmes indignos de seu talento), revelou também Margaret Avery, Oprah Winfrey e Willard Pugh, deu a Danny Glover um papel excelente, solidificando-o como ator - ele que já havia aparecido no emocionante "Um Lugar no Coração" (A Place in the Heart) e também em "A Testemunha". O veterano Adolph Caesar, que faleceria pouco depois, também está excelente como o pai do personagem Mister. Todo o elenco, enfim, é marcante e, como curiosidade, vale anotar, que como um músico africano aparece o brasileiro Paulinho da Costa, percussionista que há anos reside nos EUA.

    A trilha sonora - editada no Brasil pela WEA, álbum duplo (possível ainda de ser encontrada em algumas lojas) é excelente, trazendo Tata Vega dublando Shug Avery e com uma seleção que inclui temas inéditos de Quincy Jones/Lionel Richie, ao lado de músicas tradicionais, além de standards como "Body And Soul" (John Green) numa interpretação de Coleman Hawkins e sua banda; e "My Heart" (Lilian Armstrong), com Louis Armstrong e seu Hot Five.

    Filme merecedor de muitas análises, recém lançado agora em vídeo pela Warner, "A Cor Púrpura" é para ser visto na tela larga. A melhor programação da semana.

    Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em: Veiculo: Estado do Paraná / Caderno ou Suplemento: Almanaque / Coluna ou Seção: Cinema / Página: 8 /
    Data: 06/01/1989 /

    ------------------

    Dia da Consciência Negra: FILMES

    ------------

    Por Heitor Augusto, do Cineclick


    Para lembrar o Dia da Consciência Negra, selecionamos dez filmes essenciais com diferentes abordagens políticas sobre a figura do negro na sociedade. Confira a lista:


    Adivinhe quem Vem Para Jantar, 1967
    Nos EUA, a década de 60 é marcada pelos assassinatos de Malcolm X (1965) e Martin Luther King Jr. (1968) e da criação do Partido das Panteras Negras (1967).
    O filme, de 1967, apresenta um casal branco, supostamente progressista, que tem lidar com o novo namorado da filha: bonito, elegante, bem sucedido, bons modos. O único "problema": ele, interpretado por Sidney Poitier, é negro. No Brasil, Nelson Pereira dos Santos utilizou o mesmo tema em "Tenda dos Milagres", com as características específicas da Bahia.

    Manderley, 2005
    Las Von Trier traz elementos do Dogma 95 para discutir as amarras invisíveis em "Manderlay". Com um não-cenário, o filme se aproxima de uma comunidade de negros americanos mantidos em escravidão em pleno século XX. Com a chegada de uma jovem branca, vinda de Dogville, as correntes que seguram os moradores podem se quebrar.

    Barravento, 1962
    Já em seu primeiro longa, Glauber Rocha apresentaria elementos que viriam a marcar seus filmes. "Barravento", de 1961, se passa em uma comunidade de ex-excravos formada por pescadores explorados. Firmino (Antônio Pitanga, em atuação memorável) era um deles, mas foi para Salvador e tomou consciência política. Na volta, tenta apresentar seus novos valores ao grupo ligado ao misticismo e conduzi-los ao "barravento", a revolta.

    Duelo de titãs, 2000
    O esporte é o futebol americano, uma das mais tradicionais modalidades nos EUA. Porém, o objetivo de "Duelo de Titãs" é dialogar a partir das dificuldades encontradas por um técnico negro. O filme se concentra no duelo de Herman Boone (Denzel Washington) para treinar um time universitário que não aceita, de maneira alguma, receber ordens de um negro. O final, porém, é positivo, pregando a tolerância.

    Filhas do Vento, 2005
    Joel Zito Araújo é um cineasta que começou fazendo uma pesquisa acadêmica do retrato do negro nas telenovelas. "Filhas do Vento" reúne um elenco competente (Ruth de Souza, Léa Garcia, Taís Araújo, Milton Gonçalves) que interpreta dois núcleos da mesma família. Um, concentrado na figura de Ruth, representa o progresso alcançado com uma nova posição do negro. O outro, encabeçado por Léa, é o rastro de pobreza que ainda predomina entre os negros.

    Quase dois irmãos, 2004
    Se na Argentina, o radiógrafo da classe média é Daniel Burmann, no Brasil, Lúcia Murat ocupa esse posto. Em "Quase Dois Irmãos", ela parte de um tema político, a prisão de ilha grande na ditadura militar, para chegar a outro ponto: o encontro, na mesma penitenciária, de presos políticos (brancos) e autores de crimes comuns (negros). O discurso de esquerda e o seu alvo, frente a frente. Pessimista e realista, Murat, filha da classe média, mostra as limitações entre teoria e aplicação.

    Orfeu negro, 1959
    Inegavelmente romântico, "Orfeu Negro", do francês Marcel Camus, ganhou Oscar em 1960. Baseado na peça "Orfeu da Conceição", transpõe o mito de Orfeu e Eurídice para os morros cariocas. A música-tema, composta por Luís Bonfá e interpretada por Agostinho dos Santos, é um capítulo à parte. Mas, o olhar francês à realidade brasileira não deixa de acreditar que "tudo se resolve no carnaval".

    Xica da Silva, 1976
    Xica da/Xica da/Xica da Silva/a negra. Na música composta para a trilha de "Xica da Silva" (1976), de Cacá Diegues, Jorge Ben resume o olhar da sociedade colonial. Século XVIII, uma negra atrevida encontra na ascensão social e na sua sensualidade a única forma de respeito. Zezé Motta, a Xica, tem a melhor atuação de sua carreira e uma das melhores do cinema nacional.

    Madame Satã, 2002
    Marginal, sensual, boêmio, discriminado, pobre, homossexual, capoeirista. A lista é extensa para definir João Francisco dos Santos, mais conhecido como Madame Satã. No filme homônimo, de Karin Aïnouz, lançado em 2002, Lázaro Ramos absorve a áurea de um ícone às avessas e apresenta um retrato de um dos personagens mais famosos do Rio de Janeiro.

    Caché, 2005
    Georges Laurent (Daniel Auteuil) acaba de prestar queixa na delegacia. Na saída, tromba com um rapaz negro em uma bicicleta. A quizumba está armada, com o francês fazendo diversas ofensas. Uma cena. Apenas uma cena foi necessária para condensar a xenofobia e o racismo que parte da sociedade francesa ainda conserva. De resto, o filme serve como reflexão da "paranóia delirante" de Georges e discussão do papel da imagem.

    ------------

    quinta-feira, 20 de novembro de 2008

    Encantandora Arte Oshibama

    ---------------
    Uma arte-terapia encantadora, bom p/ acalmar pessoas como eu !

    A Profª Miriam Tatsumi é conhecida da BUNKYO, Soc. de Cultura Japonesa e dá cursos da arte Oshibana, que consiste em criar peças, como quadros em tela, com plantas e flores desidratadas e prensadas.

    Vejam o vídeo que lindo !

    Se demorar p/ carregar, aqui vai o link p/ o video =>

  • Arte Oshibana - Profª Miriam Tatsumi





  • -----------------

    quarta-feira, 19 de novembro de 2008

    American Airlines: Os ignorantes estão em toda parte....

    ------------


    O espaço dessa gente está cada vez menor e é um processo irreversível e mundial, não adianta espernear....

    Direitos humanos inclui o respeito, comportamentos desrespeitosos por parte de quem lida com o público são inadmissíveis.


    Imaginem que ódio alguns americanos devem estar de que a melhor proposta pra mudança de rumo do Estados Unidos tenha vindo de uma pessoa de cor de pele negra....

    Os ignorantes estão em toda parte....

    Mas mexeram com a pessoa errada... Dá-lhe Bombom !! Eu assino embaixo!

    -----------------

    - fonte => http://www.click21.com.br/


    18/11/2008 21:16:11

    Dudu Nobre e Bombom registram queixa de racismo contra comissário de bordo

    RIO DE JANEIRO (Da Redação Click21), 18 de novembro - O sambista Dudu Nobre e sua mulher, Adriana Bombom, chegaram ao Brasil nesta segunda-feira e registraram queixa na delegacia da PF, no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Eles acusam um comissário da empresa aérea American Airlines de agressão e racismo durante o vôo 951, que saiu dos Estados Unidos.

    De acordo com Bombom, um comissário teria chamado seu marido de macaco no desembarque. O mesmo tripulante teria ainda cravado uma caneta no ombro do produtor de Dudu Nobre, Júnior.

    A assessoria da American Ailines informou que tomou conhecimento do incidente apenas na manhã desta terça-feira, mas que iria apurar o caso.


    --------------------


    Se demorar p/ carregar, aqui vai o link p/ o vídeo =>

  • O cantor Dudu Nobre, sua mulher, Adriana Bombom, e um amigo deles denunciaram dois comissários de bordo da American Airlines. Os funcionários foram acusados de racismo, agressào e injúria durante vôo.





  • ---------------

    terça-feira, 18 de novembro de 2008

    Dez Dicas prá Botar prá Fazer do empresário Michael Dell:


    -----------------------------


    - Fonte => http://www.botaprafazer.org.br/


    O Bota prá Fazer é um movimento do empreendorismo mundial e dado a conhecer por um site e publicidade na televisão, bem na hora. Com a crise mundial de liquidez e solvência financeira, nada como setores se rearticularem em torno de novas idéias, novos projetos.


    Na lista abaixo, Dez Dicas prá Botar prá Fazer do empresário Michael Dell, da DELL CORP.:


    -------------------------------------------

    1 - Acredite em suas idéias =>

    Senão, como conseguirá vende-las para os outros?

    ---------------------------------

    2 - Sonhe Grande = >

    Sonhar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho, mas um sonho inspirador faz toda diferença.

    -----------------------------

    3 - Determinação e Perseverança =>

    Bons resultados demoram a chegar.

    ----------------------------

    4 - Ética e Princípios =>

    Não dá para construir nada sólido com uma base frágil.

    -----------------------------

    5 - Tenha foco =>

    Escolha o fundamental para fazer a idéia funcionar e não abra demais o leque.

    -----------------------------

    6 - Simplifique =>

    Procure realizar as coisas da forma mais simples, para não se complicar.

    -----------------------------

    7 - Gente =>

    Cerque-se de pessoas competentes para fazer as coisas funcionarem.

    --------------------------------

    8 - Transparência =>


    Seja claro e honesto com todas as pessoas com quem se relacionar.

    ---------------------------------

    9 - Barriga no balcão =>

    Experimente seu produto, converse com clientes, fornecedores e parceiros.

    ------------------------------------

    10 - Não reinvente a roda. =>

    Aproveite o que já funciona bem e aperfeiçoe; não precisa começar tudo do zero.

    ----------------------------------

    segunda-feira, 10 de novembro de 2008

    Trabalhe seus pontos fracos na cozinha

    -------------

    Terapia do sabor reforça a auto-estima, ensina a ousar e estimula a concentração.

    Quem costuma evitar a cozinha está perdendo uma chance deliciosa de estreitar a relação com os amigos, trabalhar a criatividade e ainda reforçar a auto-estima. As dicas são do chef Viko Tangoda, dono de um Buffet que leva seu nome e habituado a oferecer cursos de culinária. Cozinha é sinônimo de receber bem, ela une as pessoas, traz alegria e paz , afirma o chef. E ele prova o que diz: na entrevista que deu o MinhaVida, Viko expressa seu amor pelos ingredientes, revela truques acumulados nos anos de experiência e sugere os primeiros passos para quem morre de vontade de estrear um jogo de panelas, mas não nunca teve coragem.

    1. Criatividade
    "Normalmente, você faz um planejamento antes de dar um curso, mas eu mesmo acabo desenvolvendo e descobrindo novas técnicas no decorrer da aula", afirma Viko Tangoda. Usar ingredientes inusitados ou que, em geral, causam algum receio é uma tática que desafia sua criatividade. "Nas aulas, experimento sabores de que nem todas as pessoas gostam, como jiló e coentro. Estes ingredientes não são ruins, são apenas mal utilizados, especialmente os temperos".

    2. Ousadia
    Mesmo numa aula de culinária, com os ingredientes separados, as pessoas questionam as receitas. E é isso mesmo que precisa acontecer, os pratos existem para serem redescobertos. Há quem prefira sempre versões mais light enquanto outras pessoas adoram uma fritura. "Algumas alterações podem ser feitas, outras não. Como descobrir o limite? Tentando. E se você inova e dá certo, a receita já é de sua autoria", incentiva o chef.

    3. Treino emocional
    A ocasião interfere bastante no seu comportamento na cozinha. Aproveite a chance para observar suas reações e aprender a lidar com elas. Algumas vezes as pessoas relaxam com facilidade e fazem tudo de forma equilibrada. Outras mal conseguem medir as quantidades dos temperos numa ocasião muito especial. Respirar fundo e seguir cada linha da receita são maneiras de pôr os pensamentos em ordem em vez de ceder aos impulsos e perder a calma.

    4. Descontração
    Uma tacinha de bebida e uma música na cozinha tornam tudo mais fácil. Tire uma taça do vinho que vai na receita e experimente, tudo isso descontrai e relaxa. "A comida fica com a energia que você imprime nela. Os alimentos absorvem tudo, os seus pensamentos e inspirações. Se você deixar o nervosismo de lado, mesmo que erre algumas partes da receita, tudo fica gostoso, porque sua energia está boa", afirma Viko Tangoda. Ele afirma que, em qualquer ocasião, o segredo é não se desesperar. "Isso faz toda a diferença para o sabor do prato. Os convidados também sentem se você está nervoso ou desequilibrado. Não há motivos para ficar se preocupando tanto. Cozinha é sinônimo de receber bem, ela une as pessoas, traz alegria e paz".

    5. Organização
    Não há problema nenhum em abarrotar a cozinha de gente. Ao contrário, o preparo das refeições fica até mais animado. "Mas não é bom quando todas elas querem ajudar. Todo mundo querendo fazer alguma coisa sem saber exatamente o quê, atrapalha demais", afirma Viko. O ideal é que a turma fique perto para petiscar, conversar e servir o vinho.

    6. Elogios
    Além de receber um monte de elogios depois de preparar o prato, você vira referência depois de um curso de culinária: todo mundo vai sempre querer ouvir uma dica sua. "A auto-estima das pessoas é reforçada, normalmente os alunos já saem da aula pensando nas pessoas que irão provas as receitas novas", afirma o chef.

    7. Exercícios de concentração
    Assim como a aula, o preparo da receita precisa ser bem planejado, principalmente quando há mais de um prato. "Eu preparo o cardápio, penso nos ingredientes, tudo antes. Você precisa de muita concentração. Quando você faz pratos em 1 hora, por exemplo, naturalmente eles são preparados simultaneamente. Por isso é preciso fazer tudo com antecedência, senão você não consegue. Quando entro na aula sei exatamente o que vou fazer, tudo é esquematizado previamente", diz o especialista culinário.

    8. Estímulos
    Você precisa buscar um curso com receitas ao seu gosto. E pergunte, por mais banal que sua dúvida pareça. "Receitas simples não precisam ser desestimulantes: um feijão pode ser um manjar, depende de como ele é feito, da energia que você coloca no alimento", diz Viko. O que desestimula é uma aula monótona, não uma aula ou prato simples. O simples pode melhor do que um prato superelaborado.


    - FONTE / LINK => YAHOO BRAZIL

    ------------------

    sábado, 8 de novembro de 2008

    O que Move o Ser Humano não são músculos...

    ------------

    Doe para a A.A.C.D. => http://www.aacd.org.br

    ----------------

    Quinta, 5 de junho de 2008, 15h45 Atualizada às 16h16

    Campanha mostra os neurônios de um paraplégico

    A agência de propaganda Age lança esta semana um dos filmes mais impactantes já criados para a ADD, a Associação Desportiva para Deficientes. O filme "Neurônios" trabalha com uma linguagem moderna e inovadora que reforça o poder de superação dos deficientes físicos.

    Site da ADD => http://www.add.org.br

    ---------------

    ---------------------

    Uma 'viagem' pelo interior do cérebro mostra os neurônios de um paraplégico em atividade enquanto seus pensamentos revelam sua vontade de vencer.

    De acordo com a Age, este novo trabalho passa adiante a mensagem da associação, que trabalha com estratégias de comunicação bem claras que buscam alcançar os seguintes objetivos: combater o preconceito, levantar fundos para compra de cadeira de rodas para as crianças e adultos e inserir o deficiente no mercado de trabalho e também em várias modalidades do esporte.

    A ADD é uma instituição sem fins lucrativos criada em 1996 pelo professor de educação física Steven Dubner, e visa promover o desenvolvimento da pessoa com deficiência, por meio do esporte adaptado, da educação e de cursos de capacitação, facilitando o processo de resgate da auto-estima, integração e inclusão social.

    A ADD conta com o apoio de todos os meios de comunicação para que sua mensagem social obtenha repercussão na sociedade brasileira e trabalha junto com a Age para veicular este novo filme em diversas emissoras de TV, cinemas e revistas.




    -----------------

    sexta-feira, 7 de novembro de 2008

    Sim, podemos! - Tradução do Discurso de Obama

    ------------

    - Tradução de
    fragmentos do discurso de Barack Houssein Obama.
    Fonte :
    Le Monde Diplomatique -

    "...

    ' Um candidato fluente em prosa e poesia'.


    'Sim, podemos!'

    'Sim, podemos' para a justiça e a igualidade.

    'Sim, podemos' para a oportunidade e a prosperidade.

    'Sim, podemos' curar esta nação.

    'Sim, podemos' consertar este mundo.


    Quando superamos desafios aparentemente intransponíveis. Quando nos disseram que não estávamos preparados, ou que não deveríamos tentar, ou que não podemos, gerações de norte-americanos responderam com uma crença simples, que resume o espírito de um povo.

    'Sim, nós podemos'.

    Esta crença foi escrita nos documentos fundadores, que declararam o destino de uma nação.

    'Sim, nós podemos'.


    Era sussurrada por escravos e abolicionistas, enquanto abriam uma trilha rumo à liberdade nas noites mais escuras.

    'Sim, nós podemos'. Foi cantado pelos imigrantes que deixavam terras distantes e pelos pioneiros que caminhavam para o Oeste, apesar da natureza impiedosa.

    'Sim, nós podemos'. Era o chamado dos trabalhadores que organizavam; das mulheres que chegavam às urnas, de um presidente que escolheu a Lua como nossa nova fronteira; e de um rei [1] que chegou ao topo da montanha e apontou o caminho à Terra Prometida.

    'Sim, podemos' para a justiça e a igualidade.

    'Sim, podemos' para a oportunidade e a prosperidade.

    'Sim, podemos' curar esta nação.

    'Sim, podemos' consertar este mundo.


    'Sim, nós podemos'.

    ..."

    [1] No original, King, com maiúscula, referência a Martin Luther King Jr.

    -----------

    - Fragmentos do discurso em Inglês. Fonte: Le Monde Diplomatique

    "...
    A candidate fluent in poetry and prose

    ‘Yes, We Can!’

    For when we have faced down impossible odds; when we’ve been told that we’re not ready, or that we shouldn’t try, or that we can’t, generations of Americans have responded with a simple creed that sums up the spirit of a people.

    'Yes, We Can!'

    It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation.

    'Yes, We Can!'

    It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom through the darkest of nights.

    'Yes, We Can!'

    It was sung by immigrants as they struck out from distant shores and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness.

    'Yes, We Can!'

    It was the call of workers who organized; women who reached for the ballot; a President who chose the moon as our new frontier; and a King who took us to the mountaintop and pointed the way to the Promised Land.

    'Yes we can' to justice and equality.

    'Yes we can' to opportunity and prosperity.

    'Yes we can' heal this nation.

    'Yes we can' repair this world.

    'Yes, We Can!'

    ..."
    -----------

    Eleitora negra de 106 anos ganha fama ao votar em Obama

    ------------

    John McCain tinha Joe, o encanador. Barack Obama, Ann Nixon Cooper, americana negra que esperou 106 anos para ver o primeiro presidente negro dos Estados Unidos chegar ao poder. Eleitora de Obama, a senhora Cooper de Obama foi nesta terça-feira o ponto alto do discurso de vitória do democrata. Obama relacionou a história de Cooper ao progresso americano no decorrer do século 20, dizendo que "após 106 anos na América, nas melhores épocas e horas mais escuras, ela sabe como os Estados Unidos podem mudar".

    Reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal "The New York Times" conta que a senhora Cooper ficou acordada até tarde para assistir ao discurso em sua casa, em Atlanta. Foi dormir sorrido, amigos disseram. Nesta quarta-feira, ao se levantar, era uma pessoa famosa.

    John Bazemore/AP

    Ann Nixon Cooper, eleitora de 106 anos

    Segundo o "NYT", equipes de televisão do Japão, Índia e Grã-Bretanha fizeram entrevistas durante toda a manhã na sala de estar da casa onde a senhora Cooper vive há 70 anos.Quando os repórteres tocavam a campainha, recebiam a orientação para aguardar na fila.

    "Ela ficou em êxtase", disse o neto Ernest Hooper, que é um colunista do jornal "St. Petersburg Times", na Florida. "Ela é minha avó e eu odeio dizer isto, mas foi o presidente Obama que me fez perceber como é notável a trajetória de vida dela", afirmou.

    Direitos

    A história da centenária senhora Cooper tem sido registrada em sites na internet e, desde 2007, em uma coluna escrita pelo neto, Ernest Hooper. Ann Nixon Cooper nasceu na cidade de Shelbyville, no Estado do Tennessee, em 1902. Casou-se com um proeminente dentista. Assim como o marido, três dos seus quatro filhos já morreram.

    Sua trajetória de vida chegou às paginas dos jornais depois que a CNN e o prefeito de Atlanta, cidade da Georgia, acompanharam a senhora Cooper que, no mês passado, votou antecipadamente em Obama. Ela lembrou que viveu em tempo em que era proibida de votar e afirmou que esperava que Obama se tornasse o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

    Obama viu as imagens e telefonou para a senhora Cooper cinco dias após a reportagem ter ido ao ar. Nesta terça-feira, quando a vitória parecia certa, assessores de Obama entraram em contanto com a eleitora, perguntando se Obama poderia mencioná-la em seu discurso."Claro que dissemos que sim", disse Sally Warner, uma amiga que ajuda a cuidar da senhora Cooper.

    Depois de 14 minutos discursando nesta quarta-feira em um parque no centro de Chicago, quando agradeceu eleitores e falou sobre problemas que o país enfrenta, Obama lembrou a história da senhora Cooper.

    "Ela nasceu uma geração depois da escravidão, uma época em que não havia carros nas ruas e aviões nos céus, quando uma pessoa como ela não podia votar por duas razões --por ser mulher e por causa da cor da sua pele", disse. "E este ano, nesta eleição, ela registrou seu voto em uma tela eletrônica", afirmou.

    O próximo compromisso da senhora Cooper? Ver Obama assumir a presidência no dia 20 de janeiro, 11 dias depois de ela completar 107 anos.

    --------------

    quinta-feira, 6 de novembro de 2008

    Um olhar de branco sobre ações afirmativas

    ----------
    Por MARCELO HENRIQUE ROMANO TRAGTENBERG

    Doutor e professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC
    )


    Este artigo tem uma componente pessoal muito forte. Foi essa história pessoal que me levou a me colocar e me mover a favor de ações afirmativas no Brasil e do estabelecimento de cotas para negros nas Universidades Públicas, Privadas, no Crédito Educativo, no Serviço Público e na concessão de pontos para empresas com maior número de empregados negros.

    Tudo começou com um período que passei na Inglaterra, de março de 1999 a fevereiro de 2001. Lá o negro é majoritariamente o paquistanês e o indiano. A componente africana da população é bem menor (infelizmente não tenho dados estatísticos para corroborar essa impressão, mas deve ser fácil obtê-los). Havia na BBC (tv estatal inglesa) uma preocupação evidente em ter dois âncoras nos jornais, sempre um deles era negro e mulher (a combinação era homem branco/mulher negra, homem negro/mulher branca). Nos programas de debates, também se expressava a diversidade étnica, colocando entrevistadores negros, mesmo quando o programa tinha só um entrevistador. Numa das novelas, havia um diretor de escola negro que vivia um romance com uma professora loira. O que é notável é o fato do negro estar em posição proeminente dentro hierarquia escolar. Isto reflete o fato da Inglaterra conviver bem com a diversidade étnica? Não. Havia cerca de um assassinato por preconceito por mês, noticiado na mídia inglesa. Soube de um assassinato por racismo a 200 m de minha casa. O que há é uma consciência social da importância de valorizar a diversidade cultural e de enfrentar o racismo de frente. Não é como no Brasil, como lembra o saudoso Florestan Fernandes, onde “o brasileiro tem preconceito de ter preconceito” (in “Ação Afirmativa e Democracia Racial”, de Sandro César Sell, Fundação Boiteux, 2002). Lá, a questão étnica é assumida. Lá, há bonecas negras. É fácil achar uma no Brasil, que tem 45% de negros (5% de pretos e 40% de pardos segundo o PNAD/IBGE de 1999)?

    De volta ao Brasil, um país aparentemente sem racismo, me deparei com comerciais alegres do Guaraná Antarctica. Só havia brancos, servindo e bebendo. No comercial seguinte, do mesmo produto, aparecem negros, mas só servindo e brancos só consumindo. No comercial da cerveja Schincariol, a música é “moro num país tropical” de Jorge Benjor, um negro, mas a maioria esmagadora das pessoas é branca. Será que isto reflete o lugar reservado ao negro no Brasil? Nos telejornais da noite, cadê os negros como âncoras? As mulheres já começam a aparecer, mas a barreira contra negros parece intransponível. No entanto, de um ano para cá, verifica-se um aumento do número de repórteres negros nos telejornais.

    Certamente, antes de ir para a Inglaterra, não me sentiria incomodado com o que relatei no parágrafo acima. Meu olhar era de branco, educado numa sociedade com racismo cordial, com minha percepção contaminada por essa forma sutil de racismo. Pouco depois de voltar ao Brasil (fevereiro/2001), deu-se a Conferência da ONU contra o racismo em Durban (setembro/2001), África do Sul, à qual a delegação brasileira levou propostas avançadas para lidar com os efeitos do racismo no Brasil, entre elas a de criação de cotas para negros entrarem nas Universidades públicas.

    Sem dúvida, a Conferência de Durban colocou a questão do racismo e como combatê-lo na ordem do dia. Um dos resultados visíveis foi a aprovação de cotas de 40% para negros nas Universidades Estaduais do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ (Univ. Est. Do Rio de Janeiro)e a UENF (Univ. Est. Do Norte Fluminense), em 09 de outubro de 2001.

    Nessa mesma onda, foi votado recentemente no Senado Federal substitutivo do senador Sebastião Rocha ao projeto de lei do senador José Sarney estabelecendo cotas para negros em Universidades, Serviço Público e até em licitações promovidas pelo Poder Público. Este projeto deve ir a votação na Câmara e juntado ao projeto do deputado Paulo Paim que estabelece cotas para negros em novelas, filmes e publicidade.

    Mas por que parece tão necessário forçar a integração do negro na divisão do bolo da sociedade brasileira? Não parece que o Brasil é uma democracia racial?

    Dados do PNAD/IBGE (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio/de 1992 a 1999) indicam que o salário médio do negro é metade do salário do branco. O analfabetismo caiu menos para o negro do que para o branco. Um ano a mais de escolaridade faz branco ganhar mais do que o negro (ver Folha de São Paulo de 05/04/2001). Estamos diante de um “apartheid” social disfarçado.

    O movimento dos negros pelo fim da segregação racial nos EUA, nas décadas de 1950 e 1960, popularizarou um conceito jurídico original: o da ação afirmativa ou discriminação positiva. Aparentemente, este modo de reparar injustiças sociais é bastante disseminado no mundo, mas nos limites deste artigo vou tratar, parcialmente, do caso estadunidense.

    A idéia de discriminar positivamente vem do fato que a propalada igualdade formal não se reflete na sociedade real (para uma discussão detalhada sobre a questão jurídica envolvida nesta idéia, consultar “Ação Afirmativa & Princípio Constitucional da Igualdade”, de Joaquim B. Barbosa Gomes, Ed. Renovar, 2001). É como afirmar que um empresário rico tem a mesma influência que um operário numa eleição, já que ambos têm um voto. Ora, o empresário tem muito mais dinheiro para financiar seu candidato que o operário e hoje, nos EUA, as campanhas eleitorais para presidente se medem em bilhões de dólares. Voltando à questão étnica, nos EUA da década de 1950 não havia igualdade com relação à distribuição da renda e da escolaridade. Para dar um exemplo, entre 1960 e 1995, o percentual de negros formados em Universidades e escolas profissionais pulou de 5,4% para 15,5% do total. Em cursos como Medicina, o aumento passou de 700%. O percentual de negros em cargos executivos em empresas, que era praticamente zero em 1960, passou a 8% em 1995 (Folha de São Paulo, 25/08/2001). Esta mudança foi efeito das políticas de ação afirmativa implementadas pelos EUA, entre elas: cotas ou atribuição de pontos a mais para negros nas avaliações para entrada em Universidades, reserva de mercado de trabalho para negros e pontos a mais para empresas com empregados negros em licitações públicas, entre outras. Portanto, ações afirmativas resultam em maior igualdade ao menos no campo educacional e isso pode ser avaliado objetivamente.

    Uma crítica muito difundida no ideário progressista é que realmente os negros são desfavorecidos, mas são desfavorecidos por serem POBRES e não por serem NEGROS. Assim, uma política de elevação da qualidade da saúde e educação pública básica irá permitir que entrem na Universidade e nela permaneçam, ao contrário de uma política de cotas, que seria demagógica ao permitir que os negros entrassem, mas devido a toda uma conjunção de fatores, não se formassem.

    Creio que essa crítica teórica, uma vez que não é possível confrontá-la com fatos, já que não há cotas para negros nas Universidades, pode, no entanto, ser contraposta em duas frentes: 1- a concepção de democracia racial subjacente a ela e 2- uma pesquisa recente elaborada pela Fundação Oswaldo Cruz em conjunto com a Prefeitura do Rio de Janeiro (Folha de São Paulo, 26/05/2002). Nesta pesquisa fica claro que negro em hospitais públicos e particulares do Rio de Janeiro (e provavelmente em todo o Brasil) é discriminado desde antes de nascer. As gestantes negras têm menos cuidados médicos do que as brancas. Isso significa receber menos anestesia no parto normal, receber menos explicação sobre o aleitamento materno, cuidados com o recém-nascido, sinais do parto, pré-natal, alimentação adequada, entre outras coisas. Nas palavras da pesquisadora Silvana Granado: “Primeiro achamos que estávamos comparando pessoas de classes sociais e de níveis de escolaridade diferentes. Mas, quando percebemos que a diferença se mantinha, ficamos chocados”. Pode-se concluir desta pesquisa que serviços universalizados continuam sob a égide do racismo cordial. Portanto, não se pode supor que vivemos numa democracia racial. Os negros e negras são diuturnamente discriminados e, portanto, torna-se necessário compensar esta discriminação negativa com uma outra de caráter positivo. O tratamento universalista não dá importância à questão étnica. E não combater o racismo cordial é compactuar com ele.

    Atualmente, na sociedade brasileira, têm-se a percepção de que o negro só pode ascender socialmente através do esporte e da arte. Portanto, os modelos para os negros provavelmente vêm desses dois tipos de atividades. Pesquisas mostram em alguns casos que “quando, numa população o número de modelos sociais e econômicos (pessoas que sejam pelo menos de “classe média”) chega a uma proporção muito baixa (algo em torno de 5%), a violência, o consumo de drogas, o abandono escolar e a gravidez na adolescência crescem explosivamente” (Sell, op.cit., há outras pesquisas no mesmo sentido comentadas nesta obra). Portanto, privar os negros brasileiros da esperança de conquistar um lugar ao sol também tende a mantê-los na situação marginal em que se encontram.

    Considero imperioso que os brancos brasileiros percebam que o problema dos negros enquanto discriminação racial e social não é somente problema deles. É um aspecto da injustiça reinante no Brasil. Assim como é o da fome e da pobreza em geral. Portanto, requer posicionamento e ações efetivas de brancos e negras, no sentido de ser enfrentado e solucionado.

    Ações afirmativas não vão resolver o problema do racismo cordial brasileiro, mas no mínimo vão chamar a atenção dos brasileiros para ele e provavelmente minorá-lo. Somente uma melhora sensível nos níveis de emprego, na distribuição de renda e nas políticas sociais poderá contribuir de forma permanente para a melhoria do padrão de vida dos brasileiros, particularmente os negros.

    Este artigo abordou apenas alguns aspectos dos problemas relacionados ao racismo no Brasil e às políticas de ação afirmativa e de cotas. Obviamente, o problema é muito mais complexo, mas pelo menos está sendo enfrentado de forma mais clara nos últimos tempos em nosso país.

    MARCELO HENRIQUE ROMANO TRAGTENBERG

    ----------

    quarta-feira, 5 de novembro de 2008

    YES WE CAN! Congratulations Mr. President ! - Obama´s video

    --------

    Foi uma das confraternizações humanas mais lindas que já vi. Outro momento como esse só mesmo quando Nelson Mandela ganhou a presidência da África do Sul !

    Está cada vez menor o espaço no mundo pra expressão da ignorância de preconceitos e discriminações, graças ao trabalho de muitos que já lutaram e morreram em nome da liberdade e equidade de direitos sociais.

    A CIA vai ter muito trabalho pra proteger este precioso presidente, pois a ignorância é irmã gêmea siamesa da prepotência e pra se impor chega a matar.

    Sou filha de mãe branca, de família portuguesa, e pai negro, assim como Barack Obama, graças a ele espero que a tão comuns expressões racismo velado que tantos de nós já ouviram ( "mas como uma pessoa como ele/ela pode ser isso, ou aquilo...etc." ) sejam finalmente banidas da face do Brasil, país com mais de 50% da população com ascendência étnica negra.

    A eleição de Obama está aí como exemplo prático do que só a adoção de cotas pode fazer!

    Chega de "racismo cordial" neste país, equidade de direitos já! Cotas já!

    Abaixo: Música feita a partir do discurso de Barack Hussein Obama

    -----------------------

    Yes, We Can, por Will.i.am.

    Composição: Barack Obama

    It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation.

    Yes we can.

    It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom.

    Yes we can.

    It was sung by immigrants as they struck out from distant shores and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness.

    Yes we can.

    It was the call of workers who organized; women who reached for the ballots; a President who chose the moon as our new frontier; and a King who took us to the mountaintop and pointed the way to the Promised Land.

    Yes we can to justice and equality.

    Yes we can to opportunity and prosperity.

    Yes we can heal this nation.

    Yes we can repair this world.

    Yes we can.

    We know the battle ahead will be long, but always remember that no matter what obstacles stand in our way, nothing can stand in the way of the power of millions of voices calling for change.

    We have been told we cannot do this by a chorus of cynics...they will only grow louder and more dissonant ........... We've been asked to pause for a reality check. We've been warned against offering the people of this nation false hope.

    But in the unlikely story that is America, there has never been anything false about hope.

    Now the hopes of the little girl who goes to a crumbling school in Dillon are the same as the dreams of the boy who learns on the streets of LA; we will remember that there is something happening in America; that we are not as divided as our politics suggests; that we are one people; we are one nation; and together, we will begin the next great chapter in the American story with three words that will ring from coast to coast; from sea to shining sea --

    Yes. We. Can.

    ------------------